quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Vida

Vivia de memórias já mortas e esquecia do que ainda era vivo. A gente se confunde, não é? Vai deixando a vida ser passado e passar como se fosse mais um trem ou ônibus que sempre troca de estação por mera obrigação. Nós somos passageiros, transitórios, transeuntes. Nenhum de nós permanece sempre como no passado. Mas entendo que há perigos e riscos demais na estrada. Vai que o ônubis cai no barranco? Vai que o trem descarrilha? Ah, vais me dizer que nunca despencastes e nem descarrilhastes? O passado nos balança, esse é o problema. Mira lá na frente. Lá onde o sol quase nos cega. Lá onde a vida está esperando a nossa chegada. Passa por lá. Deixa um tantinho de amor, carinho e vida bonita. Deixa e segue viagem. A gente não é fixo. A gente, falando assim mesmo, é uma viagem sem fim de passados, presentes e futuros.

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